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Mineração de Fostato em Cajati e o Desenvolvimento Local
Luis E Sánchez, Solange Silva-Sánchez
O papel da mineração no desenvolvimento local e regional é uma questão cuja resposta parece variar segundo o ponto de vista do observador. Para as empresas e para os setores governamentais encarregados de promover o desenvolvimento econômico, a mineração, em especial a de grande porte, teria a capacidade de alavancar o desenvolvimento em várias escalas territoriais, do local ao nacional. Para observadores ligados a alguns movimentos sociais ou ambientalistas, a grande mineração não somente é causa de impactos ambientais significativos, como também origina desequilíbrios sociais. Já para as comunidades locais, a opinião frequentemente depende de sua relação com a empresa: trabalhadores e fornecedores de serviços encaram a empresa de modo distinto daqueles que não mantêm uma relação direta com ela ou daqueles que se veem afetados por suas atividades. Nesta pesquisa, a intenção é a de não privilegiar nenhum dos pontos de vista mencionados no primeiro parágrafo. Naturalmente este distanciamento não pode significar a falta de referencial teórico ou analítico, sem o qual nenhuma pesquisa é possível. Desta forma, a investigação buscou encontrar evidências que pudessem contribuir para confirmar ou refutar constatações ou conclusões de outros estudos, que por sua vez se tornaram hipóteses desta pesquisa. Em particular, mencionam‐se os trabalhos de Enríquez (2008), que analisou a influência da mineração em quinze municípios brasileiros, os resultados do projeto Mining, Minerals and Sustainable Development (IIED, 2002), que mapeou os pontos de vista de diversos protagonistas do debate sobre mineração e desenvolvimento, e o estudo de Hajkowicz et al. (2011), que correlacionou indicadores de qualidade de vida com o valor da produção mineral em 71 municípios australianos. Ressalte‐se que esta pesquisa focaliza os impactos socioeconômicos sobre a comunidade local e não a influência da mineração sobre a economia regional ou nacional, tema que requer outros métodos de investigação, nem os conflitos entre novos projetos de mineração e as comunidades anfitriãs, tema de pesquisas em várias partes do mundo. Ao tratar da escala local, serão discutidas questões de governança e seu papel no desenvolvimento.
Vol 1 GRANDES MINAS TOTAL
Denise Tubino Salomon, Luis E Sánchez, Renata Carvalho Jimenez Alamino, Denise C Pereira, Solange Silva-Sánchez, Julia Celia Mercedes strauch, Luzia Costa Becker, César Ajara
FUNDESPA CBH-RB Comitê da Bacia Hidrográfica do Ribeira de Iguape e Litoral Sul
Relatório de Situação dos Recursos Hídricos da Unidade de Gerenciamento nº 11
2007 •
Denyse Chabaribery
O presente relatório apresenta a Situação dos Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Ribeira de Iguape e Litoral Sul, sendo uma atualização e complementação do Relatório Zero, elaborado no ano de 2002. Os dados aqui contidos encontram-se disponíveis em forma digital no Sistema de Informações da Bacia, estando prevista sua atualização contínua. Além desses, o Sistema inclui versões diferentes dos dados e mapas, obtidos de diferentes fontes. O que é aqui apresentado é um resumo, tendo sido feito um esforço para que todos os seus dados sejam consistentes. Em atendimento ao que preceitua a Lei Estadual n.º 7.663/91, foi instalado, em 13 de janeiro de 1.996, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Ribeira de Iguape e Litoral Sul – CBH-RB, com a competência, estabelecida em estatuto, de gerenciar os recursos hídricos, visando à sua recuperação, preservação e conservação, na Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos UGRHI 11.
Mosaico do Jacupiranga - Vale do Ribeira, São Paulo: conservação, conflitos e soluções socioambientais
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Marcia Itani
It presents an analysis of the main advances and challenges of the Coastal Ecological-Economic Zoning in the Vale do Ribeira paulista region, State of São Paulo, Brazil. Article published as preliminary analysis of the Master's thesis at the Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS A CRIAÇÃO DE PEQUENOS MUNICÍPIOS COMO UM FENÔMENO DA DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA: O CASO DE ITAOCA – SP
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João Henrique Souza Pires
Entidades de apoio e comunidades quilombolas: análise sobre o circuito quilombola de turismo comunitário do Vale do Ribeira
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Neste livro, resultado de amplo levantamento bibliográfico e documental, e relevante investigação empírica para o entendimento do objeto de estudo, João Henrique Souza Pires busca analisar o impacto da atuação de Entidades de Apoio que desenvolvem trabalhos ligados à capacitação, formação, assessoria, assistência técnica e extensão na organização do turismo em Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira, no estado de São Paulo. O autor debruça-se sobre questões teórico-metodológicas que orientam o trabalho dessas entidades nos territórios quilombolas, demonstrando, por meio da discussão dos resultados de sua extraordinária pesquisa, que as atividades ali desenvolvidas são pautadas por uma lógica crítica, horizontal, dialógica, problematizadora e de troca de saberes com os povos tradicionais que desenvolvem o Circuito Quilombola de Turismo Comunitário do Vale do Ribeira. Desse modo, trata-se de uma obra fundamental para aqueles que buscam conhecer a resistência e a luta histórica dos quilombolas pelo reconhecimento de seus territórios e preservação de seu modo de vida. Ademais, oautor aponta que as práticas formativas de assistência técnica desenvolvidas ali, ao contemplarem um turismo voltado para a valorização do território e a auto-organização dos sujeitos quilombolas, potencializam o processo de resistência dessas comunidades e se contrapõem ao sistemático avanço de setores do agronegócio, da especulação imobiliária e da mineração sobre áreas quilombolas, setores estes regulados pela lógica capitalista e destruidores das culturas tradicionais. João Pires, assim, desnuda ao leitor as evidências históricas dos quilombolas como “classe em si” no contexto das lutas empreendidas no Vale do Ribeira.